Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que o mandatário deva escolher uma mulher ou um negro para afastar qualquer dúvida quanto a racismo ou misogenia da figura presidencial. É o que mostra matéria publicada pela revista Veja esta semana. 

Segundo a reportagem, as conversas sobre os nomes para o posto ainda estão no começo. Porém, é certo que caberá ao mandatário bater o martelo.  A decisão só deve sair em meados de 2022, mas até lá os líderes de partidos buscarão traçar o perfil ideal do companheiro (a) de chapa. 

A matéria revela que se dependesse de Bolsonaro, o vice seria alguém de sua estrita confiança, de fora da política e sem relação com o Congresso,  o que, na avaliação do presidente, reduziria o risco de o escolhido articular um processo de impeachment contra ele.  

Líderes do Centrão, no entanto, trabalham para que o nome saía de um dos partidos do grupo. Uma alternativa também seria nome evangélico, numa tentativa de consolidar o apoio desse segmento, que representa 31% da população, segundo revista.

As suposições, aré este momento, são muitas. De certo, segundo a reportagem, é que a chapa com general Hamilton Mourão não será reeditada, haja vista que o vice tem sido colocado de lado nas decisões do governo e por diversas vezes nem é chamado para as reuniões ministeriais.

Coordenador da campanha à reeleição, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) diz que o é importante escolher “algum vice que agregue a simpatia de um percentual do eleitorado” que rejeita o presidente. “Imagina que legal uma mulher, evangélica, negra do Nordeste", afirma o parlamentar.

Já para o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ainda é cedo para definir o nome de vice na chapa de Bolsonaro: "O vice é a última coisa que se resolve”. 

Um dos expoentes da bancada evangélica, o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) diz que, ao menos por enquanto, não considera estratégico que o vice seja evangélico, “já que esse é um eleitorado fiel ao presidente", mostra a reportagem.