Agosto do ano passado conheci um “homem” que falava coisas lindas (espelhamento), mas aquilo era para que eu entrasse no jogo dele, não era sobre ele, era sobre o jogo que ele fazia. Eu caí.
Foram os piores dois meses da minha vida, já na primeira semana ele me chamava de vagabunda, invadia a minha privacidade, a minha vida, as minhas amizades.
A culpa era sempre do “ciúmes” dele, a minha vida virou um inferno, ameaçava as pessoas, dizia que ia matar, que era perigoso, falava para bloquear. Sofria violência sexual, ele me humilhava, diminuía, fazia comparações, maldizia a minha cor de pele, até o dia em que viria a cortar a parte do meu cabelo, dizer que tinha mais de treze passagens pela polícia e que iria tirar as tripas do meu amigo.
Mas, não foi só isso, ele me humilhou na frente das minhas amizades também, me agrediu, jogou minhas coisas pelo chão, aquele dia eu só queria sumir. Com a força de um amigo fui à delegacia e denunciei, mas ele continuou as perseguições, vindo atrás das testemunhas, várias foram as quebras de medida protetiva, o advogado dele também gostava de fazer intimidações. Tinha feito dois dias que tinha passado na delegacia e no dia internacional da mulher ele veio atrás de mim, quebrou a medida protetiva e falou “quero ver você chamar a polícia”, “vou pegar o meu crachá”. Esse é o mesmo homem que fez uma cobertura de feminicídio e no dia em que me agrediu fisicamente disse que as mulheres mereciam morrer. No dia internacional da mulher ele foi preso, mas usou do argumento do crachá para ter a sua liberdade provisória.
Tem alguém patrocinando os abusos, a violência psicológica, todas essas quebras de medida geraram graves danos a mim, a minha saúde mental não é mais a mesma, despertou diversos gatilhos.
QUERO JUSTIÇA.